As duas virtudes
seguintes que Paulo enunciou na relação da sua carta aos gálatas – bondade e fidelidade – não são
exclusivas dos que são chamados cristãos. Realmente, podemos afirmar sem medo
de errar, que existem muitas pessoas que, embora não sejam cristãs, são
bondosas e fiéis.
A recíproca, porém, não corresponde
à realidade. Quem não é bom e fiel, pode ser tudo, menos cristão.
Bondade, fidelidade, paciência,
brandura, são virtudes encontradas em muitas pessoas, mas que, no cristão, são
inseparáveis.
É o Espírito Santo quem as realça,
como que lapidando a personalidade de cada um como se fosse uma pedra bruta,
mas preciosa e fazendo-a ainda mais valiosa.
Ser bom é fácil, mas ser fiel é um
enorme desafio.
Fidelidade pode ser vista por vários
ângulos, todos desafiadores.
Um deles, atualmente, é até
ridicularizado pela famigerada “ lei da vantagem”, que procura desvalorizar o
sinônimo de fidelidade: honestidade.
Ser honesto deixou de ser obrigação
e passou a ser alvo de elogios e constar de currículo de candidatos a cargos
eletivos...
Ninguém se atreve a chamar de
desonesto quem, por exemplo, sonegando impostos, compra ou vende mercadorias
contrabandeadas ou falsificadas, por serem mais baratas que as verdadeiras.
Ninguém declara o real valor de um imóvel
para efeito de pagar imposto. Quem é capaz de, à semelhança de Zaqueu, o
cobrador de impostos, depois de ter seu encontro com Jesus, devolver tudo que
não lhe pertence?
Quem vai poder ouvir de Jesus: “
...Servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei... (
Mateus 25:21 ) ?